Nunca tive grande jeito para a costura, apesar da minha mãe ter sido costureira de alfaiate e na minha infância ser habitual comprar os retalhos para se fazer os vestidos por medida.
A verdade é que aquele mundo de linhas e dedal sempre me pareceu algo de muito complicado, já para não falar da máquina de costura!
Aquela geringonça sempre me meteu medo, olhava para ela como se fosse um monstro triturador de dedos e dava comigo a pensar que o motivo porque a minha vizinha costureira tinha as unhas tão grandes, era para proteger os dedos daquela agulha furiosa que furava os tecidos a uma velocidade estonteante.
A verdade é que aquele mundo de linhas e dedal sempre me pareceu algo de muito complicado, já para não falar da máquina de costura!
Aquela geringonça sempre me meteu medo, olhava para ela como se fosse um monstro triturador de dedos e dava comigo a pensar que o motivo porque a minha vizinha costureira tinha as unhas tão grandes, era para proteger os dedos daquela agulha furiosa que furava os tecidos a uma velocidade estonteante.
E pronto, estava assim destinada a ser uma dona de casa que não sabe pregar um botão e que corre para casa da mãe, cada vez que é preciso fazer uma bainha num par de calças.
Foi assim até ao dia em que recebi a herança... a máquina de costura da minha Avó!
Ainda ficou uns tempos na garagem, não só porque não sabia como utilizá-la, mas também porque me faltava um pouco de coragem para enfrentar aquelas gavetas cheias de lembranças.
Há uns tempos, lá carregamos com a máquina para o primeiro andar e decidi-me a enfrentar "a coisa".
Com a excelente ajuda do manual de instruções (em espanhol) lá consegui superar o primeiro obstáculo...enfiar a agulha na máquina!! Mas porque é que a linha tem de dar tantas voltas até chegar à agulha!?
Com a excelente ajuda do manual de instruções (em espanhol) lá consegui superar o primeiro obstáculo...enfiar a agulha na máquina!! Mas porque é que a linha tem de dar tantas voltas até chegar à agulha!?
Finalmente, ao fim de horas de tentativas e de agulhas partidas, a máquina da minha avó voltou a trabalhar e com ela vou costurando as minhas memórias.
Bons Encontros!
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