quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Férias

Como já devem ter calculado, fui de férias. Por isso este tempo de ausência ao teclado.

Tal como a maioria dos portugueses, também eu rumei ao Sul, ás belas praias e ás noites de estrelas cadentes.

Desde os meus sete anos que é este o meu destino de férias. Mas, nesse tempo era diferente...
A euforia começava logo uns dias antes da partida, nas noites em que o sono demorava a chegar com a ansiedade do grande dia!

E depois a viagem.... era uma aventura, demorávamos quase todo o dia a percorrer a escaldante estrada nacional, almoçava-se pelo caminho, em Canal Caveira ou parava-se na Serra do Caldeirão para um piquenique. Tínhamos de parar muitas vezes porque o velhinho Mini 1000 vermelho ameaçava pregar partidas.

Oito dias chegavam para regressarmos a casa com uns tons dourados e o porta bagagens cheio de caramelos que comprávamos em Ayamonte. Era um sonho!

Agora, já não é bem assim. Para quem pensa descansar, o Algarve não é mais aquele paraíso à beira mar plantado. Percorre-se quilómetros a pé para chegar à praia porque não há estacionamento e com sorte conseguimos um metro quadrado de areia onde espetar o chapéu de sol. Nas esplanadas fala-se inglês e em muitas o português paga mais caro. Enfim, volta-se para casa mais cansado do que quando se partiu.

Mas quis o meu destino que o Algarve continuasse a fazer parte da minha vida, e esse mesmo destino deu-me a conhecer o seu lado escondido. Aqueles cantinhos que não vêm nos panfletos dos hotéis... o Algarve dos cerros floridos, das ribeiras com cascatas que surgem no meio do nada, das figueiras e das alfarrobeiras.

Onde ainda se diz bom dia a cada pessoa que passa e os dias passam com calma e tranquilidade.

Foi este Algarve que me acolheu e me encheu a alma de cor e à falta das minhas aguarelas, como companhia nestes dias tive um pote a precisar de uma "cara" nova.


E agora, de volta para mais um ano de trabalho. Pronta para tentar contornar o stress do dia a dia.


Bons Encontros!